"Democratização da ECT"
Mais
um golpe da direção majoritária da FENTECT
contra os trabalhadores
Sob
o argumento de uma suposta “democratização” da ECT
a direção majoritária da FENTECT,
Articulação/CUT e CTB, busca mais uma forma de
estreitar a relação de parceria e de conciliação
de classe com o governo e a direção da ECT.
Como
se não bastasse a presidente da república, o ministro
das comunicações e o presidente dos Correios serem
todos membros do partido que se diz “dos trabalhadores”, ainda
dizem precisar de um “representante” dos trabalhadores no
conselho de administração da empresa para buscarem uma
“democratização” na ECT. Além destes, o
presidente da ECT ainda tem como chefe de seu gabinete um dirigente
da executiva nacional da CUT –central “única” e “dos
trabalhadores”-, o Sr. Adeilson Telles, membro da ARTICULAÇÃO
SINDICAL.
Falemos
a verdade: alguém acredita nesse argumento falacioso de busca
de democratização?
No
dia 16 de março foi publicada no site da FENTECT uma notícia
dando conhecimento da solenidade de posse de engomadinhos numa
comissão eleitoral paritária
entre FENTECT e ECT. Representando a FENTECT estão seus
dirigentes Paulo André e Golbery, membros da
ARTICULAÇÃO; Kiko, membro da CTB e Robson,
membro do PSOL. Essa comissão terá a tarefa de
organizar o pleito do Conselho de Administração da ECT.
Eles
terão
o prazo de 120 dias para a realização da eleição
e divulgação do resultado. Ou seja em
julho de 2012, mês que antecede a nossa data-base. Em vez de
estar organizando uma forte campanha salarial, para termos um bom
acordo coletivo de trabalho, após a realização
do XI CONTECT, a direção majoritária da FENTECT
estará organizando o pleito do conselho de administração
da empresa. Dá pra entender?
Após
todo esse esforço em “busca da democratização”,
o conselheiro eleito “representante
dos empregados” não participará das discussões
e deliberações sobre assuntos que envolvam relações
sindicais, remuneração, benefícios e vantagens,
inclusive matérias de previdência complementar e
assistenciais, hipóteses em que fica configurado “o conflito
de interesse”.
É exatamente isso que impõe a Lei 12.353/2010,
sancionada pelo ex-presidente Lula no apagar das luzes de seu segundo
mandato em dezembro de 2010.
Enquanto
isso, a categoria continua sofrendo em nível nacional com a
brutal sobrecarga de trabalho, com a compensação
forçada dos dias da greve, assédio moral do SAP,
assaltos nas agências e nas ruas, etc...
Exigimos que a direção
majoritária da FENTECT rompa com essa parceria de conciliação
com o governo e direção da empresa e se coloque a
frente das lutas mais sentidas da nossa classe.
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